Real Reciclagem | A reciclagem de alumínio no Brasil e sua eficácia
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A reciclagem de alumínio se confunde com a implantação da indústria do metal no país. Na década de 1920, data dos primeiros registros de produção de utensílios de alumínio em território nacional, o setor utilizava como matéria prima a sucata importada de vários países. Nos anos 1990, com o início da produção das latas no Brasil, a reciclagem do metal foi intensificada, registrando volumes cada vez maiores.

Hoje a reciclagem de alumínio no Brasil funciona com altíssimos índices de eficácia, acima da média mundial, reciclando praticamente toda sucata disponível, segundo a Associação Brasileira de Alumínio.

De acordo com a Instituição, a relação entre este volume e o consumo doméstico de alumínio indica um percentual de 35,2%, que é superior a média mundial de 29,9% (base 2011). Em 2012, o país reciclou 508 mil toneladas de alumínio. Desse total, 267,1 mil toneladas referem-se à sucata de latas de alumínio para bebidas, o que corresponde a 97,9% do total de embalagens consumidas em 2011, índice que mantém o Brasil na liderança mundial desde 2001.

A capital nacional da reciclagem do alumínio é Pindamonhangaba, cidade localizada no interior de São Paulo. O título foi concedido pela ABAL em 2003, em reconhecimento à importância da cidade para a atividade. Na ocasião, foi entregue uma escultura feita em alumínio, representando o símbolo internacional da reciclagem do metal. A obra, do escultor Hans Goldammer, catarinense radicado em São Paulo, tem 4,5 metros de altura e está instalada na entrada da cidade, às margens da Via Dutra (que liga São Paulo e Rio de Janeiro).

A história da reciclagem de alumínio em Pindamonhangaba começou na década de 1970, quando a Alcan (hoje Novelis) instalou sua fábrica no município para produzir chapas para latas de bebidas. Em 1994, a empresa iniciou a utilização de alumínio reciclado na produção de suas chapas, o que estimulou o surgimento do polo de reciclagem. Em 1996, chegou a Latasa com seu centro de reciclagem. Em 1997, a Recipar (Latasa) chegou ao município e, em 1998, foi a vez da Alcan (atual Novelis) instalar ali seu centro de reciclagem.

Atualmente o polo de Pindamonhangaba reúne duas empresas – a Novelis e a Latasa Reciclagem, que em 2010 adquiriu os ativos da Aleris Reciclagem –, que processam aproximadamente 70% de toda a sucata recuperada no Brasil.